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O verdadeiro discurso de vitória nas Europeias

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Caras amigas e caros amigos, Esta noite conseguimos uma grande vitória! (aplausos) Obtivemos um resultado que superou as nossas expectativas mais optimistas e que, por esse motivo, nos dá ainda mais confiança no nosso trabalho e no futuro do nosso país. Pela primeira vez desde que somos uma democracia, ou seja, pela primeira vez em 40 anos, conquistámos a preferência de dois terços das portuguesas e dos portugueses! (aplausos)  Repito: dois terços de apoio das portuguesas e dos portugueses! (aplausos) Este resultado demonstra de forma inequívoca que nós somos a verdadeira voz do povo e que vamos de encontro às suas preocupações mais profundas e à sua esperança de que tudo se mantenha na mesma. Por isso, minhas queridas amigas e meus queridos amigos, a hora é de celebrar em conjunto este triunfo retumbante, não esquecendo, porém, de agradecer a todas as portuguesas e a todos os portugueses o apoio que nos deram. A todas as portuguesas e todos os portugueses, o nosso muito obrig

A reacção revoltada à recalibragem reformista do Governo

Como todos se recordam, a proposta de reindustrialização do país, avançada pelo ex-ministro Álvaro Santos Pereira, causou celeuma e nunca saiu da gaveta. Seguiu-se a requalificação dos funcionários públicos, que se enredou  em polémicas sem fim. Mais recentemente, a recalibragem dos objectivos da Troika ficou encalhada em outros tantos pomos de discórdia. Em suma, parece-me evidente que as palavras com prefixo re- são, por esta altura, a principal frente de oposição ao Governo. Já toda a gente o percebeu, menos o PS, que era o que teria a ganhar mais com esta situação. Se assim não fosse, muito provavelmente o líder socialista já teria ido a uma conservatória do Registo Civil e trocado o nome para António José Resseguro. Seria, sem dúvida, a primeira medida bem sucedida de oposição a Passos Coelho. Ao invés, o povo português, com a esperteza maldosa que o caracteriza, há muito que detectou este calcanhar de Aquiles. Assim, à reindustrialização, requalificação e recalibragem tem r

Da polivalência comercial

Portugal padece há vários anos de um grave problema. Trata-se de uma maleita bastante perigosa que dá pelo nome de polivalência comercial. Todos nós já tivemos contacto com ela e, de uma maneira ou de outra, já sofremos na pele os seus efeitos. Por essa razão, é inacreditável como tem escapado até hoje à análise dos analistas e às críticas dos críticos. Apesar de ser desnecessária, aqui fica, para os mais distraídos, a definição de polivalência comercial aprovada pela academia: é um fenómeno que consiste na junção de valências comerciais díspares num espaço relativamente exíguo. Para que percebam melhor, ao pé de minha casa existe um estabelecimento chamado Grelha Alentejana que se intitula, através de vistosos letreiros, da seguinte maneira: “Café (Vinhos e Petiscos) – Pastelaria – Mini-Mercado – Garrafeira – Charcutaria – Produtos Alentejanos – Whiskis – Bebidas Esperituosas” (assim mesmo, com e ). Perante tamanha versatilidade, poder-se-á pensar que se trata de uma grande super