Quem muito estuda pouco aprende
Um dos dias mais tristes na vida dos meus pais foi quando concluí a licenciatura. Ainda hoje me atormentam as palavras amarguradas da minha mãe quando me viu de canudo na mão: “Filho, nunca pensei que me pudesses desiludir desta maneira. Eu tinha tanta esperança que um dia viesses a ser ministro e tu fazes-me a desfeita de tirar um curso de quatro anos. Sai já desta casa!” Infelizmente, e como sucede na maioria dos casos, o tempo veio dar razão aos meus progenitores. Nunca tive a argúcia de Miguel Relvas para condensar quatro anos de licenciatura num só. Além disso, sempre fui falho no “exercício de funções privadas, empresariais e de intervenção social e cultural” que me permitissem ter equivalência a 90 por cento das cadeiras do meu curso. Ao contrário de mim, o Ministro dos Assuntos Parlamentares foi, entre outras coisas, secretário-geral do PSD, deputado na Assembleia da República e presidente da Região de Turismo dos Templários. À luz deste percurso profissional, é fáci...