Mensagens

A mostrar mensagens de novembro, 2018

Aquele Ministro das Finanças que me tem cativo

O Governo de António Costa voltou a pulverizar mais um recorde. Depois do défice zero, conseguiu fazer mais cativações em três anos do que o executivo de Passos Coelho em quatro. Por uma questão de coerência, creio que, em vez do Parlamento, o Orçamento para o próximo ano deveria ser aprovado num cativeiro. Seria sensato, aliás, que os próprios portugueses começassem a ser criados também em cativeiro, não vá uma taxa de natalidade desregulada estragar a actual conjuntura macroeconómica. As grávidas seriam obrigadas a manter as crianças cativas no bucho durante meses ou mesmo anos até Mário Centeno concluir que o rebentamento das águas não poria em causa o crescimento da economia. Fica a sugestão. É curioso analisar as palavras utilizadas pelos políticos para descrever situações que todos nós conhecemos. Alguém que guarda ciosamente o seu dinheiro, não faz de quando em vez uma extravagância e não o empresta aos amigos é, para o cidadão comum, um unhas-de-fome, um forreta, um agar

Um condomínio privado chamado futebol

Houve um tempo em que o futebol era um desporto acessível ao denominado povo. Ligava-se a televisão em casa e, espante-se, via-se a bola em sinal aberto. Felizmente esse período de anarquia e balbúrdia acabou. O primeiro passo foi dado pelos canais por cabo que passaram a cobrar uma mensalidade a quem quer ver um jogo. Mais tarde, alguns clubes criaram os seus próprios canais e recentemente surgiu um novo operador que passou a deter os direitos exclusivos de vários campeonatos nacionais e da Liga dos Campeões. Ou seja, o futebol tornou-se um desporto pago não só para o espectador, mas também para o telespectador, com a agravante para este de que é cada vez mais difícil saber em que canal, ou melhor, em que plataforma passa o jogo e quanto é que terá de pagar por ele. O argumento de que não se vai ao estádio porque se vê melhor na televisão, cai assim por terra. Acredito que no futuro seja preciso entrar numa associação secreta, doar a casa e passar por vários rituais de iniciaçã