I like, logo existe
Na manhã gelada do dia 15 de Fevereiro de 2014, Lucie deixou a filha à entrada da escola preparatória Franklin Roosevelt, situada nos arredores de Bowling Green, cidade americana do estado de Kentucky. O nevão que caíra de madrugada tornara as estradas praticamente intransitáveis, obrigando-a a conduzir mais devagar do que o habitual. Por esse motivo, Elisabeth estava cerca de 10 minutos atrasada para a aula de Geografia, algo que detestava que acontecesse. A partir dessa manhã, no entanto, a sua costumeira e obstinada inflexibilidade em relação a faltas de pontualidade iria mudar drasticamente. A poucos metros da sala de aula, o silêncio do longo corredor foi cortado pelo barulho de duas rajadas de metralhadora misturadas com gritos de pânico e o tilintar de vidros partidos. Elisabeth ficou alguns segundos paralisada, em choque. “Não percebi logo de que lado viera o som e não sabia o que fazer”, conta. Uma nova saraivada de tiros mais intensa fê-la reagir e começar a correr na di...